domingo, 1 de agosto de 2010


 O Conselho Estadual dos Direitos Humanos do Estado do Espírito Santo, na defesa intransigente da dignidade humana e no legítimo dever de exercer o controle social sobre as ações governamentais com vistas ao respeito aos Direitos Humanos, bem como sua promoção, proteção e reparação de violações, e considerando os desafios do atual momento histórico do Estado do Espírito Santo nesta questão, vem a público propor a todos os(as) candidatos(as) a cargos eletivos nas eleições de 2010

             PACTO PELOS DIREITOS HUMANOS

Comprometo-me perante este Conselho e toda sociedade capixaba a, se eleito(a), dedicar o meu mandato à defesa da vida, de sua diversidade, de seu inestimável valor, compreendendo os direitos humanos – na sua universalidade, indivisibilidade e interdependência – como parte da própria condição humana, e especialmente, empreenderei esforços da defesa das seguintes ações:
1 – APOIAR A CRIAÇÃO DA SECRETARIA ESTADUAL DOS DIREITOS HUMANOS, COM DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E ESTRUTURA ADMINISTRATIVA CONDIZENTES COM A IMPLEMENTAÇÃO E ARTICULAÇÃO DE POLÍTICAS DE DIREITOS HUMANOS EM TODAS AS DEMAIS SECRETARIAS, PARTICULARMENTE, POLÍTICAS DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL; DA IGUALDADE DE GÊNERO; DA DIVERSIDADE SEXUAL; POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E DA CONSTRUÇÃO DA CULTURA DA PAZ; POLÍTICAS DE PROMOÇÃO DOS DIREITOS DA JUVENTUDE; POLÍTICA DE COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PROTEÇÃO A PESSOAS AMEAÇADAS;
2 – APOIAR A CONSTRUÇÃO COLETIVA E A IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ESTADUAL DOS DIREITOS HUMANOS SEGUINDO AS DIRETRIZES DO PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS – PNDH III;
3 – APOIAR A ATUAÇÃO E A ESTRUTURAÇÃO DOS CONSELHOS DE DIREITO COMO ESPAÇOS DE DEMOCRACIA PARTICIPATIVA;
4 – APOIAR O INVESTIMENTO PRIORITÁRIO DO ORÇAMENTO PÚBLICO EM POLÍTICAS SOCIAIS GARANTIDORAS DE DIREITOS, TAIS COMO SAÚDE, EDUCAÇÃO, MORADIA, EMPREGO E RENDA, ALIMENTAÇÃO, TRANSPORTE PÚBLICO, PROTEÇÃO À MATERNIDADE, À INFÂNCIA E À ADOLESCÊNCIA, ASSISTÊNCIA A QUEM DELA NECESSITAR COM VISTAS AO ENFRENTAMENTO ÀS DESIGUALDADES SOCIAIS;
5 – APOIAR A CONSTRUÇÃO DE UMA POLÍTICA ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA, SOB A PRIMAZIA DOS DIREITOS HUMANOS, DEMOCRATIZANDO SUA GESTÃO COM A ESTRUTURAÇÃO DO CONSELHO ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA; REFORMULAÇÃO DA OUVIDORIA DE POLÍCIA COM OUVIDOR ESCOLHIDO DE FORMA INDEPENDENTE E COM MANDATO FIXO; REFORMULAÇÃO DAS CORREGEDORIAS DE POLÍCIA; INVESTIMENTO EM INTELIGËNCIA, COM A AUTONOMIA DA PERÍCIA TÉCNICO-CIENTÍFICA; INVESTIMENTO EM POLÍTICAS DE VALORIZAÇÃO DO TRABALHADOR DA SEGURANÇA; INVESTIMENTO NA CONCEPÇÃO DE POLÍCIA DE PROXIMIDADE/INTERATIVA/COMUNITÁRIA; ESTRATÉGIAS DE CONTROLE DA VIOLÊNCIA POLICIAL; AÇÕES EFETIVAS DE ERRADICAÇÃO DA TORTURA;
6 – APOIAR POLÍTICAS PREVENTIVAS DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA URBANA QUE TENHAM A PROMOÇÃO DOS DIREITOS E DA CIDADANIA, SOBRETUDO DA JUVENTUDE, COMO OBJETIVO MAIOR, ESPECIALMENTE EM REGIÕES PAUPERIZADAS COM ALTOS ÍNDICES DE HOMICÍDIO;
7 – APOIAR A REESTRUTURAÇÃO DA DEFENSORIA PÚBLICA ESTADUAL, NOS MOLDES DA LEI COMPLEMENTAR 132/09, GARANTINDO SUA AUTONOMIA A FIM DE CUMPRIR O SEU PAPEL CONSTITUCIONAL DE INSTRUMENTO ESSENCIAL DE ACESSO À JUSTIÇA;

8 – APOIAR A REESTRUTURAÇÃO DA SECRETARIA DE ESTADO DA JUSTIÇA NA PERSPECTIVA DA DESMILITARIZAÇÃO DOS POSTOS DE CHEFIA; PRIMAZIA DAS MEDIDAS DE SOCIALIZAÇÃO DOS PRESOS EM TODO O SISTEMA PRISIONAL; INTERRUPÇÃO DO PROCESSO DE “PRIVATIZAÇÃO” DO SISTEMA; IMPLEMENTAÇÃO DO PACTO DE ERRADICAÇÃO DA TORTURA; CRIAÇÃO DA SUBSECRETARIA PARA MEDIDAS SÓCIO-EDUCATIVAS; CONSTRUÇÃO, DE FORMA DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA, DA POLÍTICA ESTADUAL DE ATENDIMENTO PRISIONAL; REALIZAÇÃO DE CONCURSO PÚBLICO PARA SUPRIR DEMANDAS DE TRABALHADORES CONTRATADOS; TRANSPARÊNCIA TOTAL DA GESTÃO PRISIONAL E ABOLIÇÃO DE QUALQUER EMPECILHO PARA ENTIDADES DE DIREITOS HUMANOS CUMPRIREM O PAPEL DE FISCALIZAÇÃO; POLÍTICA DE VALORIZAÇAO PROFISSIONAL DO TRABALHADOR DO SISTEMA; ESTRUTURAÇÃO DE ESPAÇO PARA DEFENSORIA PÚBLICA EM CADA UNIDADE;

9 – IMPLEMENTAÇÃO DAS DIRETRIZES DO SISTEMA NACIONAL DE ATENDIMENTO SÓCIO-EDUCATIVO, ESPECIALMENTE, APOIO AOS MUNICÍPIOS NA ESTRUTURAÇÃO DE MEDIDAS DE MEIO-ABERTO, PARCERIA COM O PODER JUDICIÁRIO E MINISTÉRIO PÚBLICO QUANTO AO PARADIGMA DA EXCEPCIONALIDADE DA INTERNAÇÃO; IMPLEMENTAÇÃO DE MODELO PEDAGÓGICO CAPAZ DE POSSIBILITAR A INSERÇÀO SOCIAL DO ADOLESCENTE; INVESTIMENTO NO PROCESSO DE REGIONALIZAÇÃO DO ATENDIMENTO; DESVINCULAÇÃO DA UNAED DO IASES E SUA TRANSFERÊNCIA PARA A SETADES; CRIAÇÃO DO CENTRO INTEGRADO DE ATENDIMENTO SÓCIO-EDUCATIVO E URGENTE DESATIVAÇÃO DA UNIDADE DE MARUÍPE;
10 – APOIAR INVESTIMENTO NA POLÍTICA ESTADUAL DE SAÚDE MENTAL NA PERSPECTIVA DE CRIAÇAO DE ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO E CUIDADOS DA REDE PÚBLICA DE SAÚDE PARA OS USUÁRIOS DE DROGAS;
11 – APOIAR AÇÕES DE ENFRENTAMENTO À POLUIÇÃO AMBIENTAL, ESPECIALMENTE À POLUIÇÃO DO AR POR MEIO DA EMISSÃO DE PARTÍCULAS MINERAIS FINAS;

12 – APOIAR AÇÕES DE RECONHECIMENTO E PROMOÇÃO DOS DIREITOS DE POPULAÇOES TRADICIONAIS, ESPECIALMENTE INDÍGENAS E POVOS REMANESCENTES DE QUILOMBOS;
13 – APOIAR AÇÕES DE DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO À TERRA COM POLÍTICAS PARA AS TERRAS DEVOLUTAS POR MEIO DO IDAF;

14 – APOIAR AÇÕES DE ENFRENTAMENTO AO PROCESSO DE CRIMINALIZAÇAO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS E DOS DEFENSORES DE DIREITOS HUMANOS, RECONHECENDO O ESSENCIAL PAPEL QUE DESEMPENHAM PARA O APRIMORAMENTO DA DEMOCRACIA;








sexta-feira, 16 de julho de 2010

A POLICIA ME PAROU E AGORA?

A Secretaria Especial de Direitos Humanos   iniciou a distribuição de quatro publicações que têm o objetivo de melhorar a relação entre a população e os órgãos responsáveis pela Segurança Pública e também fortalecer as Ouvidorias de Polícia.uma delas é esta "Apolicia me parou e agora? voltada para a população para que ela saiba quais são direitos e deveres quando abordados pelos policiais:
O QUE FAZER QUANDO FOR ABORDADO PELA POLÍCIA
A polícia pode abordar as pessoas e revistá-las sempre que presenciar alguma atitude suspeita.
Se você for parado pela polícia, alguns comportamentos podem ajudar a impedir que a situação se transforme em conflito:
  • fique calmo e não corra;
  • Deixe suas mãos visíveis e não faça nenhum movimento brusco;
  • Não discuta com o policial nem toque nele.
  • Não faça ameaças ou use palavras ofensivas.
 SE FOR ABORDADO, VOCÊ TEM DIREITO
  1. De saber a identificação do policial;
  2. De ser revistado apenas por policiais do mesmo sexo que você;
  3. De acompanhar a revista de seu carro pedir que uma pessoa que não seja policial a testemunhe;
  4. De ser preso apenas por ordem do juiz ou em flagrante;
  5. Em caso de prisão: de não falar nada além de sua identificação, e de avisar sua família e seu advogado;
  6. De não ser algemado se não estiver sendo violento ou tentando fugir da abordagem.
Não é crime andar sem documentos, mas recusar-se a se identificar é contravenção penal. Se estiver sem
documento, forneça ao policial dados que auxiliem a sua identificação

Estatuto da Criança e do Adolescente faz 20 anos

Nasci no dia 13 de julho de 1990. Venho de uma família de peso. Meu pai é o Movimento Popular. Minha mãe a Constituição Federal. Foi batizado com o nome de Estatuto dos Direitos da Criança e do Adolescente, mas sou chamado carinhosamente de ECRIAD ou de ECA. A dizer a verdade não gosto muito deste último apelido. ECA lembra coisa nojenta e rima com meleca.
Tive o azar de ser registrado pelo Presidente da República, Fernando Collor ou fui eu que dei azar a ele, pois logo depois adolescentes com as caras pintadas o mandaram de volta para casa. Minha trajetória de vida não foi fácil. Sofro desde a gestação. Tentaram me abortar, mas não conseguiram. O movimento popular foi um pai sempre muito presente. Ficou em cima e pressionou durante todo o pré natal. A Constituição Federal também não desistiu. O meu nome estava escrito nas cláusulas pétreas. A minha mãe me deu prioridade absoluta e me garantiu a proteção integral. As oligarquias acostumadas a mandar e desmandar não gostaram nada disso, mas tiveram que me engolir. Nasci com a cara da minha mãe. Dela puxei a cidadania e do meu pai a força da participação popular e o controle social. Vim ao mundo para garantir a efetivação dos direitos humanos para todas as crianças e os adolescentes. Acabei assustando muita gente acostumada a 500 anos de privilégios construídos às custas dos mais pobres tratados sempre como menores. Diminui a mortalidade infantil. Garanti o acesso universal à escola. Reduzi o trabalho infantil e alcancei muitas outras conquistas. Mas não foi fácil. Ao longo da minha existência várias vezes tentaram modificar o meu patrimônio genético. Queriam me cortar e desfigurar. Diziam que nascera com direitos demais e sem deveres. Procuraram me silenciar por ser pequeno. Considerado adulto em miniatura queriam me dar somente a miniatura dos direitos. Fizeram de tudo para que não saísse do papel. Foi criminalizado. Acusaram-me de

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Corte Interamericana de Direitos Humanos julga Brasil por crimes contra guerrilheiros do Araguaia

A Corte Interamericana de Direitos Humanos começou nesta quinta-feira (20) a audiência pública na qual o Brasil terá que responder pelas acusações de detenção arbitrária, tortura e desaparecimento forçado de dezenas de pessoas em operações de repressão à Guerrilha do Araguaia, na década de 1970.
Para emitir seu julgamento, o órgão sediado na Costa Rica vai ouvir, entre hoje e amanhã, os depoimentos de representantes das vítimas, as conclusões da comissão interamericana e a defesa do Estado brasileiro, que está a cargo de uma delegação interministerial. O anúncio da sentença está previsto para novembro.saiba mais

sexta-feira, 25 de junho de 2010

MANIFESTO COMUNISTA


O Manifesto Comunista fez a humanidade caminhar em busca (raramente bem sucedida, até agora) da solução de problemas como a miséria e a exploração do trabalho, bem como, à concretização do princípio, teoricamente aceito há 200 anos que diz que "todos os homens são iguais". Afirmando que os pobres, os pequenos, os explorados também podem ser sujeitos de suas vidas.
Por isso é um documento histórico, testemunho da rebeldia do seres humanos. Seu texto, racional, aqui e ali bombástico e, em diversas passagens irônico, mal esconde essa origem comum com homens e mulheres de outros tempos: o fogo que acendeu a paixão da Liga dos Comunistas, reunida em Londres no ano de 1847, não foi diferente do que incendiou corações e mentes na luta contra a escravidão clássica, contra a servidão medieval, contra o obscurantismo religioso e contra todas as formas de opressão, como lutamos  hoje pela igualdade entre os povos e contra a discriminação e preconceitos. Para conhcecer o manifesto:

terça-feira, 22 de junho de 2010

sábado, 19 de junho de 2010